quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O machucado do dedinho

Faz um tempão que não venho aqui. Tava com saudade já, mas a correria tá grande. Estávamos na peleja da escolha da escolinha da pequena: visitas a várias instituições, conversas com professores, diretores e mães de alunos... até chegar à decisão. Mas esmiuçarei este assunto outra hora porque agora eu preciso registrar uma coisinha super chata que ocorreu na segunda-feira da semana passada (dia 10.02.2014).
Segundona à noite, primeiras horas das férias de maridinho, casa de mamãe, todos na sala falando amenidades e curtindo as peripécias de Antônia quando de repente, não mais que de repente, com a rapidez de um guepardo e a força de Hulk, a pequena arranca a gaveta do rack que atinge em cheio o quarto dedinho do pezinho esquerdo.
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Como expressar a dor que eu senti? Nossa, ver um filho machucado, sangrando e chorando de dor é a pior dor de uma mãe. Meu coração se despedaçava a cada grito do meu bebê. Corremos para o P.S. No meio do caminho ela adormeceu (depois pensamos na possibilidade de ter sido um desmaio). No hospital, a sala de espera estava vazia (estranhamos!). A plantonista era uma tal de Dra. Camile. Viu o dedo ensanguentado, mas não teve a coragem de lavá-lo para avaliar. Solicitou um raio-x, mas não teve competência para analisá-lo. Ela não sabia dizer se havia ou não fratura. Pegou o celular e fotografou a radiografia para enviar para um colegar olhar. Como o tal colega não respondeu e ela não sabia o que fazer (aliás, nós não entendemos o que ela estava fazendo ali), liberou a criança com uma única orientação: "Procure um ortopedista amanhã."
Chegamos em casa, lavamos o local e percebemos que o ferimento estava fundo e havia uma extensão grande de pele solta. Liguei pro P.S. pra cientificar à "médica" do estado da ferida, mas a auxiliar de enfermagem que atendeu nos respondeu: "mostra pro médico amanhã." Putz, e a dondoquinha que estava lá era o que, então?!?! Um enfeite?
Dia seguinte (11.02), consultamos o ortopedista. Não houve fratura, graças a Deus! Nessa consulta, descobrimos mais uma incompetência do vaso Persa do P.S: o corte pegava uns dois pontinhos. Mas ela não deve saber como proceder! Daí, ele cogitou extrair a pele necrosada e a unha. Deu-nos quatro opções: anestesiar o local e extrair (essa hipótese foi refutada pelo próprio médico pelo fato de ser complicado esse procedimento em crianças, por serem muito agitadas); aplicar anestesia geral (hipótese refutada por todos: é muito risco pra pouco dedo); nós mesmo extrairmos em casa, durante o sono; deixar cair espontaneamente. Recomendou curativo seco diariamente e liberou.
Dia seguinte (12.02), fomos ao posto de saúde fazer o curativo. A técnica se assustou e achou um absurdo o médico deixar aquele ferimento sem medicamento, sem antibiótico (visto que um processo infeccioso se iniciava). Mandou que voltássemos imediatamente ao ortopedista. Assim o fizemos.
Ele constatou a infecção e receitou anti-inflamatório e antibiótico. Rodamos por várias farmácias à procura de Ampiclina 125mg e não encontramos. Claro!!! Ela já não é comercializada há muitos anos (segundo nos informou o farmacêutico). Voltamos ao médico para solicitar outra receita com a miligramagem correta (e existente: 250mg).  Contudo, a mocinha que não nos dava trabalho para tomar remédio, resolveu se rebelar. Não havia quem a fizesse tomar o remédio, ainda mais de 6 em 6 horas como é a posologia da ampicilina.
Dia seguinte (quinta, 13.02), resolvi levá-la a uma clínica especializada em ferimentos para fazer o curativo (Curativa). Fomos atendidos por uma enfermeira. Mais tarde, comentei o ocorrido com uma dermatologista amiga nossa. Discordou do antibiótico prescrito e recomendou que consultássemos a médica da Clínica Curativa.
Dia 14.02, lá fomos nós ter com Dra. Kátia (infectologista). Segundo ela, tudo indicava que a evolução seria boa, mas o uso do antibiótico era essencial. Trocou a ampicilina por amoxicilina. Mas teve que olhar no google a dosagem, pois, como informado, nunca havia receitado o medicamento a "pessoas tão grandes". Daí, luzinha amarela acendeu, né? Mesmo assim, compramos o remédio (Clavulin 400mg). Tentamos fazer com Antônia tomasse de todas as formas: no copinho, na seringa, misturado ao iogurte, ao suco... tentamos até à força! E nada! Ela cuspia.
A nossa angústia, então, só aumentava. Aquele dedo aberto, com infecção e sem tratamento. Muito medo de agravar o quadro.
Segunda (17.02), então resolvemos ouvir a opinião da dermatologista. Afinal de contas, pele é com ela, não é? Daí, ela trocou o antibiótico por um que deve ser administrado uma vez por dia, azitromicina, e nos encaminhou para outra dermatologista amiga dela, para colhermos outra opinião. E lá fomos nós. Essa nova visita não adicionou muita coisa, somente confirmou o que  a anterior havia dito: que a pele não estava necrosada e que não havia infecção! Iupiii! Obrigada, meu Deus! Foi, sem sombra de dúvidas, obra do Senhor, pois a pele que fora dada como morta (com recomendação de extração e tudo) e a infecção regrediu sem anti-biótico!
Ontem (19.02)  fomos ao pediatra. Passamos pela consulta de rotina e pela consulta do dedinho, óbvio! A saúde da pequena vai muito bem, obrigada! E o dedinho está se recuperando bem também. O pedi disse para continuarmos com os curativos na Curativa e para ficarmos tranquilos, pois estávamos em boas mãos.
Hoje (20.02), durante o curativo, o médico infectologista veio dar uma olhadinha. Confirmou a frase que mais ouvimos nos últimos dias: "criança se recupera bem e rápido".

Que saga,hein? Vocês contaram por quantos profissionais passamos nesses 10 dias? 7 médicos, 2 enfermeiras, 7 auxiliares, 2 hospitais, 3 consultórios, 2 clínicas.

Em todos esses dias, a mocinha te se comportado como uma lady. Se deixa ser examinada, não cria caso na hora dos curativos, continua serelepe, arteira e feliz como sempre e como deve ser! Não reclama de dor e até tem dormido melhor, acreditam?

Neste momento, ela está no aniversário de um amiguinho com a vó Tania e o papaizinho dela. E eu? Comendo esfiha e aproveitando para assistir a novela, pois quando a perigosinha está em casa, na tv, só rola os "adi" (Os backyardigans).

Ufa!

Que Papai do Céu continue concedendo uma boa recuperação para a nossa pequetita.